segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

ME VI DE LONGE



Eu não tenho totalmente nítido, as vezes a imagem se fazia um tanto quanto embaçada, era tudo muito claro, com leves tons ocre!
Eu sai de mim, o "exit" era na cabeça, eu via que meu corpo aos poucos chegava ao chão e eu não tinha forças para segura-lo, e não me era paupável, como se eu jaá não fosse esse ser capaz de segurar uma maça que fosse.
Quando eu já me fazia imobilizado e totalmente fora daquilo que antes achava que era eu, não compreendia, tentei me balançar, uma esperança mimada, achei que ao menos fosse me ver de olhos abertos, eu, ou aquilo que eu já formava e que não tinha forma mas tinha visão, se encontrava com um tipo de dor e encostado num canto, desesperado e sem saber o que eu faria com aquilo em que eu me transforamara.
Eu podia estar morto, eu podia estar adormecido, não sei, o que sei, é que eu não me tinha, que eu já não me segurava e que eu já não era mais eu!
E num momento em que tudo já se fazia parado, não sei se menos tenso, tudo passou, e quando abri os olhos, vi que era somente o quarto onde eu dormia todos os dias, o teto, o colchão, minha roupa, e o som de uma criança, criança da qual eu não conhecia e que por circunstâncias da vida, estava em casa!
Agora que eu estou em mim novamente, tudo fica mais fácil, não totalmente, mas sinto que quando eu estou em mim, eu tenho um pouco só de medo de olhar no espelho.

Nenhum comentário: